O uso de remédios na epidemia do COVID-19

13 de abril de 2020

Estamos sendo bombardeados por informações sobre remédios. Nas últimas semanas muitas opções foram apresentadas como remédios que ajudariam ou não, tanto para prevenir a pessoa ficar doente quanto para ajudar na cura dos infectados.

A lista é enorme e inclui, dentre outros, o ibuprofeno, os remédios contra malária (hidroxicloroquina e cloroquina), a Vitamina D, os fortificantes e a heparina.  Tantos outros tem sido mencionados que nem daria para listar aqui.

O problema é que ainda nenhum, NENHUM deles tem seu efeito comprovado para o efeito que falam nas redes sociais.
Diversos deles na verdade possuem efeitos que podem prejudicar bastante a saúde das pessoas.  Por exemplo, os remédios de malária podem causar ou agravar problemas cardíacos e renais.

O pior acontece quando as pessoas acham que devem seguir estes remédios e acabam fazendo automedicação  (ou seja, usam remédio ‘por conta própria’).  No mínimo duas coisas acontecem: as pessoas arriscam a sua saúde (pois não são médicos para avaliar se aquele remédio vai servir ou não) e retiram a possibilidade de quem realmente precisa dos remédios acharem a medicação na farmácia.

Por isso, ofereço duas dicas importante:  que as pessoas que fazem uso regular de medicação devem continuar seus tratamentos e que os usos de remédios devem ser sempre orientados pelos seus médicos.

Dr Renato Cerceau – médico

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